Tipos de dietas vegetarianas:

Lacto-vegetariana: incluem leite e derivados

Ovolacto-vegetariana: incluem ovos, leite e derivados

Semi-vegetariana: incluem frango ou peixe esporadicamente

Vegan: excluem todos os tipos de alimentos de origem animal

Nestes últimos anos de prática clínica, tive oportunidade de conhecer algumas pessoas adeptas ao vegetarianismo e normalmente a primeira pergunta que escuto é: “minha saúde pode estar prejudicada por eu ser vegetariano (a)?” Por isto, resolvi compartilhar com você alguns dos resultados encontrados na minha pesquisa de iniciação científica que foi justamente sobre este tema. Fique muito feliz por este trabalho ter resultado um artigo Avaliação Nutricional de Vegetarianos Adultos que foi aprovado e publicado pela Revista Brasileira de Nutrição Clínica em 2010. Vejam alguns dos nossos resultados abaixo:

Em relação à ingestão de kcal:

Na época, a ingestão energética diária (kcal) não foi adequada para cerca de 32% dos vegetarianos. O Índice de Massa Corporal (IMC) foi classificado como sobrepeso para 19% dos vegetarianos de ambos os sexos e 33% dos homens estavam com pré-obesidade ou obesidade. Além disso, cerca de 80% foram classificados como sedentários ou como praticantes de atividade leve.

Em relação à ingestão de nutrientes:

Não foi detectada diferença significativa entre o consumo de nutrientes dos grupos, com exceção da fibra. O grupo dos vegans teve um consumo de fibras superior aos outros grupos, com mediana de 26,85 g, e o grupo dos semivegetarianos, o menor consumo (mediana de 12,94 g). As medianas de ingestão de proteína, carboidrato, vitamina A e vitamina C de todos os grupos pesquisados alcançaram níveis de adequação acima de 70% de confiabilidade. A mediana mais baixa de ingestão de proteína foi dos vegans como já era esperado. No entanto, neste grupo, houve compensação com maior ingestão de gorduras e carboidratos. Apesar dos ovolactos apresentarem a maior mediana de consumo de lipídios, a ingestão de proteína também foi baixa.  A mediana do consumo de ferro foi maior no grupo dos vegans e menor nos semivegetarianos. Os vegans não ingerem produtos de origem animal, os quais são ricos em ferro heme (mais biodisponível), contudo consomem muitos produtos de origem vegetal ricos em ferro não-heme (menos biodisponível).

Em relação aos resultados dos exames de sangue:

Os grupos lacto e vegans tiveram os resultados mais próximos da normalidade em relação aos dados laboratoriais. Não houve diferença significativa dos dados laboratoriais entre os grupos, com exceção dos níveis de triglicerídeos. O grupo dos ovolacto e semivegetarianos apresentou a maior e a menor mediana dos níveis de triglicerídios, respectivamente. E apesar de não terem sido significativos, os menores níveis de ferritina, as maiores alterações do perfil lipídico e a deficiência de zinco foram mais prevalentes no grupo dos ovolactos. O hemograma da maioria dos vegetarianos foi considerado normal. Apenas entre as mulheres do grupo ovolacto houve dois casos de anemia.  Todos os grupos alcançaram os valores de referência para vitamina B12 sérica (200-950 pg/mL para ambos os sexos), no entanto, os vegans apresentaram níveis médios mais baixos desta vitamina.

Dica da nutri:

As dietas vegetarianas podem exercer efeitos benéficos à saúde, por causa das quantidades consideráveis de frutas, hortaliças, grãos e castanhas utilizadas, sendo que a prática de exercício físico pode potencializar os benefícios. No entanto, a dieta vegetariana deve ser bem planejada para auxiliar a prevenção de deficiências nutricionais e reduzir o risco de doenças crônicas não-transmissíveis, inclusive a obesidade.

Obrigada pela visita! 

Bjos, Dani.

 

Olá…

Na semana passada, a proposta foi conhecer as características de um produto no mercado para que ele possa ser considerado como diet de acordo com os critérios da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Hoje, vamos conhecer o que é um produto light… vamos lá?!

A definição de alimento light deve ser empregada nos produtos que apresentem redução mínima de 25% em determinado nutriente ou calorias comparado com o alimento convencional.

A dica é: sempre procure ler os rótulos dos produtos e compará-los com a versão convencional para verificar se eles atendem às suas necessidades e se a indústria não está te enganando. Ao contrário, você poderá estar pagando mais caro por um produto que não está contribuindo como o esperado.

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Obrigada pela visita!

Olá queridos!

 

Esta semana vim explicar para vocês o que é um produto diet de acordo com as definições e exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Portanto, o termo diet não quer dizer que o alimento tenha poucas calorias.

O chocolate diet, por exemplo, não contém açúcar e por isto pode ser usado por pessoas portadoras de diabetes. Mas para não ficar com gosto ruim, normalmente a indústria aumenta a concentração de gorduras para garantir textura e sabor e, consequentemente, de calorias. Desta forma, chocolate diet não é uma boa opção para indivíduos que buscam produtos que contribuam com a perda de peso.

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Um abraço