Primeiramente é importante deixar claro que, todo óleo é de origem vegetal. Portanto, não tem relação com o aumento do colesterol sanguíneo, ok?! Os óleos contribuem com o aumento da ingestão energética diária e, por isto, podem favorecer o aumento dos níveis dos triglicérides.
Há vários tipos de óleos, e por eles originarem de plantas diferentes, a composição nutricional entre eles em relação aos tipos de gorduras é diferente ((kcal é a mesma… 1 g de gordura = 9kcal)). Os principais tipos de gorduras são: monoinsaturadas, poliinsaturadas ((com ênfase em ômega 3)), poliinsaturadas ((com enfâse em ômega 6)) e saturadas.
O consumo de gorduras saturadas deve ser o mais controlado de todos! Agora, quanto às gorduras mono e poliinsaturadas precisamos conversar sobre alguns detalhes… mas antes conheça as diferenças de composição entre os óleos:
A vantagem de trocar as gorduras saturadas pelas poliinsaturadas é que as gorduras poliinsaturadas contribuem com o aumento da oxidação ((queima)) das partículas de LDL-colesterol ((colesterol ruim)), e o ômega 3, em especial, confere propriedades antiinflamatórias ao organismo. Por outro lado, estas gorduras têm a desvantagem de diminuir os níveis de HDL-colesterol ((colesterol bom)). Já as gorduras monoinsaturadas contribuem com a queima do colesterol-ruim sem diminuir o colesterol-bom.
Na minha opinião, o azeite ou óleo de oliva é a melhor opção para cozinhar em função da maior proporção de gorduras monoinsaturadas – ((não azeite de oliva extra-virgem, o qual é recomendado para preparações frias como saladas)).
O óleo de canola também possui composição semelhante ao óleo de oliva em relação à quantidade de gorduras monoinsaturadas e possui mais ômega 3 do que o azeite. No entanto, discute-se sobre o óleo de canola por ele não ser natural ((“não há nenhuma planta chamada canola”)). E de fato, não há mesmo! O óleo de canola é uma derivação industrial do óleo de colza ((flor amarela)). O óleo de colza, em condições primárias, pode causar efeitos tóxicos e, por isto, as indústrias canadenses lançaram mão de técnicas que diminuem o grau de acidez do óleo de colza para produzir o óleo, cuja denominação comercial é canola = que vem da sigla de Canadian Oil Low Acid.
Desta forma, até que haja estudos mais detalhados que avaliem o impacto das técnicas industriais na composição nutricional do óleo de canola, atualmente eu fico com o óleo de oliva – e outras opções: milho, linhaça, soja e girassol ((nesta ordem)). O assunto é polêmico e com certeza daria horassss e linhassss de conversa. Mas estou aberta para esclarecer dúvidas e escutar a opinião de vcs!