A preocupação dos pais com a saúde e bem-estar dos filhos é crescente. Muitos procuram ajuda de profissional especializado, inclusive de nutricionistas, para ajuda-los nesse processo. No entanto, percebo que muitos pais têm a expectativa que o profissional resolva a “situação” sozinho e neste caso, infelizmente, as chances de sucesso se tornam cada vez menores.
Em relação à mudança de hábitos alimentares, especificamente, é necessário respeitar o “tempo” de cada criança. Cada uma irá exigir um método e estratégia diferentes. E muitas vezes, sinto que os pais ficam ansiosos em ver que os filhos correspondam às propostas que o profissional propõe de forma quase que instantânea, já que normalmente o investimento pode ser alto. Assim, o investimento que era para contribuir para a melhoria dos hábitos alimentares acaba se tornando uma experiência de cobrança e frustrações.
Pais, se os senhores realmente têm o interesse em investir e contribuir para a melhoria dos hábitos alimentares do seu filho, aqui segue algumas dicas que devem fazer parte deste processo e que podem ajudar:
- Elogie mais! Aproveite para destacar as pequenas conquistas do seu filho. Se ele experimentou um legume que nunca havia experimentado, parabenize! Por mais que foi numa quantidade que, para você, não preencheu nem o “buraco do dente“;
- Se policie para não criticar! Afinal, criticar sempre é mais fácil, não é mesmo?!
- Entenda que ninguém é obrigado a gostar de TODAS as frutas e verduras, nem mesmo seu filho. Sempre tem aqueles vegetais que temos mais facilidade em consumi-los do que outros;
- Nunca fale que seu filho está gordinho ou fora do peso, principalmente perto de outras pessoas;
- Exija do seu filho somente aquilo que você (pai ou mãe) consegue fazer. É comum os pais terem expectativa do filho comer frutas, verduras, comer devagar, se sentar à mesa, sendo que os próprios pais têm dificuldade em colocar isto em prática. Lembre-se que o seu filho apenas irá reproduzir o que ele vê em casa;
- Disponibilize pelo menos 03 opções de frutas ou verduras na hora das refeições para que seu filho tenha oportunidade de escolher. Pergunte ao seu filho o que ele gosta ou o que ele teria mais facilidade em experimentar. Este diálogo é muito importante;
- Invista tempo e procure participar das refeições do seu filho, sentando-se à mesa junto com ele. Por incrível que pareça, o “estar junto” contribui para diminuir as sensações de solidão e ansiedade.
Iniciar o processo de mudança de hábitos e comportamento alimentares é essencial, no entanto, normalmente acontece a longo prazo e de forma contínua. Tenha paciência. Além disso, procure um profissional da sua confiança que poderá facilitar este processo, para que tudo seja feito de forma prazerosa e tranquila, ao invés de contribuir para a formação de medos e traumas.
Com carinho,
Nutricionista Dani
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